O prêmio Nobel turco de Literatura Orhan Pamuk inaugurou nesta sexta-feira (27), em Istambul, seu “Museu da Inocência”, um estranho espaço dedicado à memória de personagens fictícios saídos de seu último romance, mas que também fala de emoção literária e da vida em Istambul.
No total, 83 vitrines –uma para cada capítulo do romance “O Museu da Inocência”, publicado em 2008 — reconstituem passo a passo o amor impossível de Kemal, um istambulita de uma família abastada prestes a se casar, por Fusun, uma prima distante pobre, na Istambul dos anos 1970.
Este amor de Kamal vai se transformando, no decorrer dos capítulos do romance, em uma adoração fetichista dos objetos relacionados a sua amada, e que hoje são exibidos no museu: do brinco perdido de Fusun a seu vestido, para terminar no quarto onde o herói contou sua história ao escritor.
“Escrevi este romance colecionando, ao mesmo tempo, os objetos que descrevo no livro”, afirmou Pamuk em uma entrevista coletiva à imprensa para apresentar o museu.
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Para o romancista, ganhador do Nobel em 2006, o interesse do museu não está tanto na natureza de cada objeto exposto, e sim em sua capacidade de despertar uma emoção similar à da leitura.
Veja o comentário feito pelo editor WOOK, do Brasil, editora que publicou este livro em português.
Sinopse
O Museu da Inocência é uma história de amor, passada em Istambul, entre a Primavera de 1975 e os últimos anos do século XX, e conta a história da paixão obsessiva do herdeiro de uma família rica, Kemal, por uma prima afastada, Füsun, de um meio social menos favorecido. Mas Kemal está noivo da filha de uma das famílias da elite istambulense. Entretanto, Kemal começa a coleccionar objectos pessoais e outros que lhe fazem lembrar a sua amada. Esses objectos são simultaneamente um fetiche e uma crónica da sua felicidade e das mágoas, um mapa de sinais de todos os sítios onde estiveram juntos. Com o tempo, a compulsão do coleccionador acabará por dar origem a verdadeiro museu, que também permite explorar uma Istambul meio ocidental e meio tradicional, a sua emergente modernidade e a sua vastíssima história e cultura.
O Museu da Inocência de Orhan Pamuk
Críticas de imprensa
«O Museu da Inocência é o primeiro romance que o turco Orhan Pamuk publica depois de lhe ter sido atribuído o Prémio Nobel em 2006. Segundo o próprio contou à imprensa, demorou seis anos a escervê-lo. E isso nota-se, porque apesar de, em termos da forma narrativa, ser o mais convencional da sua obra, nenhum dos inúmeros e refinados pormenores foi deixado ao acaso, nada soa a falso, é um livro de imagens cuidadas e de reminiscências de um “tempo perdido”, de uma felicidade perdida, com o mestre Marcel Proust a assomar e a acenar de vez em quando do fundo da história, com páginas finais inesquecíveis em que o autor se dá ao luxo de poder piscar o olho aos leitores sem os irritar: “Viva, quem vos escreve é Orhan Pamuk!”. Este romance é Pamuk no melhor charme da sua arte de narrar. E, ao mesmo tempo, a criar uma personagem, Kemal Basmaci, que, se não entrar para a história da literatura, ficará na memória de muitos leitores por muitos anos como uma das mais singulares, uma espécie de primo turco, rico e infeliz, de Florentino Ariza (de O Amor nos Tempos de Cólera, de Garcia Márquez).»
José Riço Direitinho, in Público
«O que está exposto neste museu é a responsabilidade de escrever livremente e de forma actual.»
New York Times Book Review
«Pamuk é um verdadeiro achado, o criador de ficções literárias sofisticadas e intensas (…) Trabalho de mestre em curso neste livro.»
The Los Angeles Times
«O que está exposto neste museu é a responsabilidade de escrever livremente e de forma actual.»
New York Times Book Review
«Pamuk é um verdadeiro achado, o criador de ficções literárias sofisticadas e intensas (…) Trabalho de mestre em curso neste livro.»
The Los Angeles Times
Assista o video feito por um canal espanhol sobre “museu de inocência’
Veja também todas as informações atuais pelo site oficial do museu:
http://www.masumiyetmuzesi.org/W3/Default-ENG.htm
Li o Livro, me apaixonei pela història. Realmente muito emocionante.
Obrigado pelo retorno e comentário.!